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DIABETES MATA UMA PESSOA A CADA OITO SEGUNDOS

 
DIABETES MATA UMA PESSOA A CADA OITO SEGUNDOS

Atividade realizada na UTAD teve como objetivo alertar para a doença, que pode afetar de igual forma jovens e idosos, homens e mulheres.

 

“Diabetes: proteger o nosso futuro” foi o tema escolhido para a comemoração do Dia Mundial da Diabetes em 2013, celebrado a 14 de novembro. Neste âmbito, foram realizadas atividades com vista a alertar a população para a prevenção e controlo da diabetes e para as complicações desta doença.

 

Em muitas localidades, foram realizada uma atividade em que foi possível a alunos, docentes e funcionários fazer a avaliação de parâmetros de saúde, tais como o peso, a altura, o índice de massa corporal, a tensão arterial e a glicemia capilar. O objetivo passava por detetar possíveis casos de diabetes.

 

Carlos Granjo, professor da Escola Superior de Enfermagem de Vila Real (ESEnfVR), revelou, em declarações à UTAD TV e ao Akademia, qual o papel dos envolvidos nesta iniciativa: “A nossa posição é fazer a deteção e encaminhar as pessoas para o médico de família, no sentido de elas, depois, poderem ser acompanhadas. Encontramos, também, muitas pessoas que já são diabéticas e que já estão a fazer medicação. Aí, reforçamos as principais metas que essas pessoas têm que atingir, nomeadamente no que respeita à alimentação, à prática de exercício físico e à mudança de hábitos comportamentais”.

 

O professor disse também que os casos de diabetes são cada vez mais, confirmando as estatísticas que afirmam que a doença mata já uma pessoa a cada oito segundos: “Os números que temos encontrado, e temos feito algum trabalho de investigação sobre isso, vão de encontro àquilo que é esperado, ou seja, cada vez mais a diabetes se encontra presente no nosso quotidiano”.

 

Vários alunos da ESEnfVR fizeram parte deste projeto, estando em contacto direto com o público. “Esta atividade é muito importante, para sabermos o que se passa com as pessoas e para podermos intervir”, afirmou Joana Gomes, aluna de Enfermagem da UTAD. A aluna realçou ainda o contributo destas iniciativas para a formação dos estudantes: “Podemos ganhar mais traquejo e mais à vontade naquilo que fazemos”.

 

No mês de dezembro será realizada uma mesa redonda para debater esta questão.

 

 

COMO DIAGNÓSTICAR O DIABETES

 

Há várias maneiras de confirmar o diagnóstico de pré-diabetes e diabetes. Os exames mais usados pelos profissionais de saúde são: 

 

  • Teste de glicemia plasmática em jejum: mede a glicose no sangue após pelo menos 8 horas de jejum. Este teste é usado para detectar diabetes ou pré-diabetes.
     
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  • Teste oral de tolerância à glicose: este tipo de exame mede a glicose no sangue em dois momentos: após pelo menos 8 horas de jejum e após 2 horas da ingestão de um líquido com quantidade conhecida de glicose. Este teste também é usado para detectar diabetes ou pré-diabetes.

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  • Teste aleatório de glicose plasmática: análise da glicose no sangue sem levar em conta o que foi consumido na última refeição. Este teste, juntamente com uma avaliação dos sintomas, é usado para diagnosticar diabetes, mas não o pré-diabetes.

No caso de resultado positivo, recomenda-se repetir o teste de glicose em jejum ou o teste oral de tolerância à glicose em outro dia.


Exame de glicemia em jejum (FPG)

Devido à facilidade de utilização do método, à boa aceitação por parte dos pacientes e ao baixo custo, este exame é o mais usado para diagnosticar o diabetes. Neste caso, é necessário jejum de no mínimo 8 horas.

  • Glicemia entre 100 mg/dl e 125 mg/dl, confirma o pré-diabetes. Isso significa que o indivíduo está mais propenso a desenvolver o diabetes tipo 2.
     
  • Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl, confirmada por repetição do teste em outro dia, é diagnóstico de diabetes.

 


Teste oral de tolerância à glicose (TOTG)

Este exame requer jejum de pelo menos 8 horas para que a primeira coleta de sangue seja realizada. A segunda coleta será realizada após 2 horas da ingestão de um líquido com 75 gramas de glicose diluídas em água.

  • Glicemia entre 140 mg/dl e 199 mg/dl confirma o pré-diabetes, também chamado de intolerância à glicose. Isso significa que o indíduo está mais propenso a desenvolver o diabetes tipo 2.
     
  • Glicemia igual ou superior a 200mg/dl, confirmada por repetição do teste em outro dia, é diagnóstico de diabetes.

 


Exame de glicose “Random”

Glicemia casual igual ou superior a 200mg/dl associada a presença de um ou mais dos sintomas abaixo pode detectar a presença de diabetes:

 

  • Aumento do volume urinário
     
  • Sede excessiva
     
  • Muita fome
     
  • Perda de peso inexplicável
     
  • Fadiga
     
  • Visão turva
     
  • Feridas que demoram para cicatrizar


Em caso positivo, o diagnóstico só será confirmado após nova avaliação da glicemia em outro dia, por meio de exame de glicemia em jejum ou exame oral de tolerância à glicose.

Hemoglobina Glicada (HbA1c)

O teste de hemoglobina costumava ser utilizado apenas como método de acompanhamento do diabetes. Desde julho de 2009, porém, foi estabelecido também como um dos métodos de diagnóstico. A HbA1c reflete o histórico da glicemia de 120 dias, aproximadamente, e os valores se mantêm estáveis após a coleta.

De acordo com a Associação Americana de Diabetes (ADA), os critérios do teste são:

1. Diabetes – HbA1c > 6,5%, com confirmação posterior. A confirmação não é necessária, caso estejam presentes sintomas ou glicemia > 200 mg/dl.
2. Indivíduos com alto risco para o desenvolvimento de diabetes – HbA1c entre 5,7 e 6,4 %.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)